sábado, 8 de dezembro de 2012

PM cerca gangue e evita assalto em Parnamirim




Um assalto frustado, os cinco bandidos presos e o trauma pelos momentos de medo e tensão vividos por sete reféns. Esse é o balanço final da ação de uma quadrilha formada por cinco jovens - entre eles um menor - que tentaram assaltar uma fábrica de beneficiamento de açaí, ontem, em Parnamirim.
Emanuel AmaralOs quatro acusados, presos após terem invadido a fábrica e manterem funcionários como refénsOs quatro acusados, presos após terem invadido a fábrica e manterem funcionários como reféns

Por volta do 12h, o bando invadiu a fábrica Açaí do Joca Jr. para efetuar um assalto. Percebendo a intenção criminosa, um dos funcionários conseguiu acionar a polícia, que chegou momentos após, surpreendendo Victor Cavalcanti Soares, de 28 anos, que estava do lado de fora da fábrica em um Toyota Corolla perolado, com  placa KLQ-8213, de Santa Cruz do Capibaribe-PE. Ele  aguardava a saída dos comparsas para dar fuga. O carro, segundo a polícia, foi roubado pelos criminosos para realizar o assalto.

Percebendo a chegada dos policiais, Leonardo Victor Cavalcanti Soares, de 28 anos, acelerou e tentou fugir sozinho, mas foi impedido por policiais do 3º Batalhão de Polícia Militar de Parnamirim, que furaram os pneus do veículo com tiros.

Os quatro bandidos que realizavam o assalto no interior da fábrica, percebendo que estavam cercados e sem chances de fuga, decidiram render os funcionários. Dois foram trancados dentro da câmara fria onde era guardados os açaís congelados. Outros cinco foram mantidos sentados no chão, sob a ameaça de armas e palavrões dos bandidos.

À medida que as viaturas da Polícia de Choque, Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e do Grupo de Operações Especiais (GOE) chegavam ao local, vários curiosos se amontoavam procurando acompanhar o fato inédito na região. Com medo de se entregar aos policiais, após os tiros no momento da abordagem do veículo que usariam para a fuga, os bandidos passaram a exigir a presença de advogados no local para ter apoio nas negociações para a rendição. Os criminosos cobraram ainda a presença da imprensa para "garantir a integridade física", segundo relataram nas negociações. Além disso, pediram coletes a prova de bala.

Apenas por volta das 14h30, os quatro bandidos se entregaram, sem causar maiores danos aos reféns.

Silvio Santana de Oliveira, de 24 anos, Rodrigo Felipe Macedo Rego, de 18 anos e  Estevam Sales da Silva, de 19 anos e um menor de idade de 15 anos foram presos e levados para a Delegacia de Polícia de Parnamirim. De lá, foram levados para um centro de detenção provisória. O menor não foi liberado, pela gravidade do caso, e deve ser encaminhado a um Ceduc. Os quatro criminosos que estavam dentro do ponto comercial estavam armados, com uma pistola ponto 40 e uma 9mm, e de um revólver calibre 38. 

Entre os reféns, duas mulheres passaram mal. Os dois homens que ficaram dentro do frigorífico prcisaram de atendimento médico para se recuperar após parmanecerem por quase três horas dentro da câmara fria sem as roupas adequadas. Marcos Dionísio, coordenador financeiro da fábrica, alegou que as vítimas realizaram orações pedindo a proteção divina naquele momento. "Cremos na proteção de Deus. Por isso saímos bem dessa dificuldade", disse.

O valor que estava na caixa da fábrica, alvo dos bandidos, era R$ 300. Um maior volume de dinheiro havia sido retirado poucas horas antes do assalto.

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